quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mérida

A nossa viagem de Maio teve como primeira paragem a cidade de Mérida, situada na Extremadura espanhola. A aproximadamente 300 km de Lisboa, Mérida é uma cidade muito virada para a antiga Roma e tem uma forte ligação à mesma.
Saímos de Lisboa por volta das 11 da manhã, abastecendo o carro o suficiente para chegar ao país de nuestros hermanos (um conselho que damos a todos os que não querem ser ainda mais chulados pelas petrolíferas nacionais).
Como estamos em crise económica, procurámos manter uma condução calma e sem excessos de velocidade. Para pouparmos mais uns trocos, levámos um pequeno farnel para irmos comendo pelo caminho. Assim, sempre que tínhamos fome, comíamos uma sande, uma peça de fruta ou algumas Pringles.
Em Espanha, temos que destacar o facto de não se pagar para circular na maioria das suas autoestradas ,que têm tanta ou mais qualidade que as nossas. Para quem viaja de carro, a outra ENORME vantagem é o preço da gasolina: chegámos a pagar menos 26 cêntimos do que em Portugal.
Chegámos a Mérida pelas 15 horas (locais, mais uma que no nosso país). O céu estava carregado mas ainda não chovia.
O primeiro comentário que podemos fazer sobre Mérida é que os seus habitantes tendem a ser muito cordiais e prestáveis. Sempre que abordámos alguém para pedir informações fomos sempre muito bem tratados e houve da parte deles uma grande preocupação em explicar tudo da maneira mais exacta possível. Obviamente que ajuda a Sara falar castelhano como uma nativa. Se dependesse de mim, os diálogos resumir-se-iam a grunhidos e a alguns buenos dias.
Entrados e orientados em Mérida, estacionámos junto à Praça de Touros e caminhámos até ao Posto de Turismo mais próximo (ficam a cerca de 2 km um do outro).
O Posto fica mesmo ao lado do Teatro Romano, o principal ponto de atracção turística da cidade. Mal lá entrámos, começou a chover de forma torrencial, de tal maneira que tivemos oportunidade de fazer muitas perguntas à faladora senhora que se encontrava lá a trabalhar.

Teatro Romano
Entre as muitas questões que tínhamos, a mais importante para nós era a de saber onde se situavam hotéis ou pensões que fossem de alguma qualidade mas baratos (e sem baratas).
Foi-nos indicado um conjunto não muito extenso, todos junto ao centro histórico onde nos situávamos.
Aproveitámos uma pequena paragem da chuva para darmos uma corridinha (atenção que em espanhol esta palavra tem um significado mais sexual) até ao carro onde, inconvenientemente, tínhamos deixado ficar o guarda-chuva.
E como isso nos ajudou! No caminho até ao carro encontrámos um dos hotéis referenciados e, após sabermos o preço e verificarmos a qualidade do quatro, por lá ficámos.
O Hotel Vettonia tem somente 2 estrelas mas foi recentemente remodelado, o que faz com que tenha mais qualidade que muitos de 3 e alguns de 4. Pagámos 45 € por uma noite (sem pequeno almoço), o que, na nossa opinião, não é um preço nada alto.
Relativamente ao Hotel, só temos um reparo a fazer: a espessura das almofadas. Eram demasiado altas e, quando pedimos para trocar, foi-nos dito que, como as remodelações tinham sido concluídas recentemente, não tinham outras.Vi a vida a andar para trás pois imaginei que não fosse conseguir continuar a dormir nessa noite.
Felizmente lá me safaram e deram-me uma das almofadas usadas para pôr nas Cunas. E estava lavadinha, um requisito fundamental para se pôr algo nas Cunas sem se apanhar nenhuma doença esquisita (cuna em português significa berço).
Posso dizer que dormi o resto da noite como um bebé...
Mas voltando atrás no filme, após o check-in fomos visitar Mérida. Com a nossa tradicional sorte, a chuva já tinha parado e foi possível passear pela cidade e ir visitar as famosas ruínas romanas que a compõem.
Fomos direitinhos ao Teatro e Anfiteatro Romanos. Pagámos 8 € cada para entrar (preço esticadinho) mas, caso fosse esse o nosso desejo, por 12 € teríamos acesso a mais 5 outros locais de interesse histórico.
Como não tínhamos muito tempo, fizemos a nossa opção e lá fomos ao Teatro.
Teatro Romano
O Teatro Romano de Mérida é um dos mais bem conservados do Mundo e ainda hoje é utilizado para a realização de eventos. É, sem dúvida, um monumento que vale a pena visitar( apesar do preço) e, para rentabilizar bem o investimento, ficar por lá sentado a reflectir, conversar ou simplesmente a vegetar.

Anfiteatro Romano
O Anfiteatro também está bem conservado mas sem os leões e os gladiadores perde muito do seu encanto.
Continuámos a nossa visita seguindo pela calle José Ramón Melida, uma bonita rua exclusiva para peões, que nos levou até à zona central da cidade, onde pudemos encontrar inúmeras lojas com preços surpreendentemente acessíveis.
Templo de Diana
Uma das características mais agradáveis dos espanhóis é o facto de, não estando a chover, passarem grande parte do seu tempo livre a passear pelas ruas e a conviver com amigos, família e vizinhos. E Mérida não foi excepção: centenas de pessoas de todas as idades a passear de um lado para o outro, a falar, brincar, comer, ou seja, a aproveitar ao máximo todos os minutos do seu dia.

Ponte Romana
Em Mérida, destacamos, ainda, um conjunto de monumentos dos tempos antigos que merecem ser visitados: a Ponte Romana, a muralha de la Alcazaba, o Templo de Diana, o Acueducto de los Milagros e a Basílica de Santa Eulalia.

Muralha de la Alcazaba
Beber uma caña na Plaza de España é também algo que qualquer turista deverá fazer, se tiver a paciência suficiente para aguentar os gritos e as gargalhadas das dezenas de crianças que andam a correr pela praça, a jogar à bola ou simplesmente a serem crianças.
Em resumo, vale a pena visitar Mérida e fica mesmo aqui ao lado...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Participação no Desafio dos 10.000 passos, na Marginal de Oeiras

Na luta constante contra a o excesso de peso e a má forma física, inscrevemo-nos no Desafio dos 10.000 passos, organizado pela Câmara Municipal de Oeiras, e que decorreu na Marginal entre a Praia da Torre e Paço de Arcos.
O primeiro desafio foi o de acordar cedo para estar presente: às 8 horas da manhã já estávamos fora da cama (o que não quer dizer que estivéssemos realmente acordados) e a prepararmo-nos para a caminhada.
Foi a minha 1ª vitória nesse dia, pois não é todos os Domingos que consigo prescindir de me levantar depois do meio-dia!
Às 9 e 20 já estávamos estacionados junto ao local de partida e a caminho de nos encontrarmos com o resto dos "desportistas" com quem íamos andar.
Chegados à praia da Torre, estava a decorrer uma aula de fitness e, para grande espanto da Sara, meti-me no meio da confusão e comecei a fazer figuras tristes. A Sara não quis ficar mal na fotografia e juntou-se a mim.
Foram uns belos 20 minutos a tentar imitar as Personal Trainers e a evitar chocar contra alguém (essa sim, a verdadeira aula de ginástica).
Entretanto o nosso grupo foi-se juntando: a Cláudia e o filho Rodrigo (grande benfiquista), o Pedro e a Marina (que levaram os seus dois apêndices: Dinis e Mariana), o Ivo e a Belmira (que casal tão bonito, principalmente pela diferença de idades) e um casal amigo do Pedro (também com um miúdo).
Às 10 horas, lá estava o nosso Isaltino Morais (Presidente da Câmara de Oeiras) a dar o tiro de partida, e, segundo a Sara, a desempenhar o seu último acto público antes de ir parar ao xilindró.
Pusemos os pedómetros (que nos foram dados aquando da inscrição) no Zero e começámos o desafio!
O Pedro e a Marina parecia que tinham foguetes nos ténis e desapareceram num ápice. Ainda foram vistos a atropelar uns velhotes com os carrinhos onde levavam os miúdos mas ninguém os conseguiu parar, tal era a genica com que iam.
Eu, a Sara e os restantes 4 parceiros de aventura conseguimos manter-nos juntos e fomos caminhando em bom ritmo, sempre em animada cavaqueira. Falámos de tudo um pouco: desde a política às viagens, do "Peso Pesado" ao Benfica, passando pelas actividades desportivas do pequeno Rodrigo.
Foram duas horitas animadas, em que estivemos rodeados por mais de 4.000 pessoas, e durante as quais fomos exercitando o corpo e a mente.
Pessoalmente, tive o prazer de ficar a conhecer o histórico do campeonato de futebol no qual o Rodrigo participa, na figura de ilustre defesa central do Colégio Maristas de Carcavelos.
No final da caminhada, quase todos conseguiram atingir o objectivo dos 10.000 passos. Todos menos eu, que fiquei a aproximadamente 500 passos do objectivo (quando se tem umas pernas grandes, andamos menos para fazer o mesmo que os outros).
Ainda tivemos que nos meter numas atafulhadas filas para receber a nossa t-shirt de participação e, de seguida, foi cada um para seu lado.
Moral desta história: com muito pouco esforço conseguimos juntar o útil ao agradável. Exercício físico e convívio. Não há razões para não fazer exercício físico senão aquelas que a nossa preguiça inventa!
A partir de agora, vamos tentar caminhar os nossos 10.000 passos diários o máximo de vezes possível.
E espero que vocês também o façam!!!

Viagem de Maio 2011

No passado dia 1 de Maio fiz aninhos. Não sei quantos foram pois já lhes perdi a conta e, confesso, não tenho grande interesse em partilhar essa informação.
O que importa é que, na nossa pequena família - eu e a Sara, desenvolvemos uma bonita tradição de comemorar este feito a viajar.
Foi o que aconteceu este ano: partimos no dia 29 de Abril, no nosso belo coche, rumo a Espanha para conhecer as belas terras que nuestros hermanos têm para nos mostrar.
No decorrer da nossa aventura passámos por 6 belos destinos: Mérida, Toledo, Madrid, Cáceres, Marvão e Castelo de Vide. Também passámos por Badajoz, mas essa foi a parte menos interessante da nossa viagem.
Tentaremos partilhar convosco um pouco da nossa experiência em cada um desses destinos, deixando a nossa história e algumas informações que poderão vir a ser uteis aos demais aventureiros.
É favor prestar atenção aos textos que se seguirão...