domingo, 6 de novembro de 2011

Ciclo de Cinema Espanhol

Ontem passámos uma tarde diferente.
Aproveitámos o facto de estar a decorrer no Cinema São Jorge, na Av. da Liberdade, o IV Ciclo de Cinema Espanhol e fomos ver dois filmes de autoria de nuestros hermanos.

Neste tipo de evento temos sempre a oportunidade de ver filmes diferentes daqueles mais comerciais e que, com muito maior facilidade, chegam aos nossos cinemas e às nossas televisões.
Temos, também, que enaltecer a qualidade do cinema espanhol. Não fica a dever nada aos nossos amigos americanos quer na qualidade dos argumentos, quer na qualidade dos actores.
O preço dos bilhetes também foi bastante convidativo: 3 €.
Quanto aos filmes que vimos, passamos a apresentá-los:

"La Verguenza"
A história de um casal que adoptou uma criança peruana de 8 anos e já muito traumatizada pela vida que levou até então.
Este casal vê-se numa encruzilhada e obrigado a tomar uma decisão que não só vai mexer com a sua vida mas também com a vida da criança: devolver o seu filho adoptivo ao sistema!
Um filme com muitas peripécias: a mãe verdadeira do miúdo quer tê-lo de volta mas de forma camuflada; uma assistente social está a avaliar se o casal está ou não apto para ficar definitivamente com a criança e o casal que entra em conflito pois não sabe se consegue lidar com os problemas emocionais do miúdo e com os seus próprios receios e inseguranças.
Um bom filme, com uma história interessante e fluída e com bons desempenhos (o pior foi o do miúdo que mais parecia uma criança com deficiência mental do que com problemas emocionais).

"18 Comidas"
Um filme galego, em que nos é permitido aperceber da proximidade entre Portugal e esta região de Espanha, prestando atenção aos diálogos falados num dialecto mais parecido com o nosso do que com o castelhano.
A história passa-se toda num só dia e as acções desenrolam-se sempre em torno das refeições.
Enquanto a água nos vai crescendo na boca com todos os deliciosos pratos que vão sendo preparados pelas personagens, vamos acompanhando as decisões que vão sendo tomadas e que podem alterar a vida de cada um dos elementos deste filme.
O filme mostra a vida de diversas pessoas que, nesse dia, enfrentam alguns dos seus fantasmas e se decidem a tomar uma posição. Ao mesmo tempo, somos deleitados pelo constante cozinhar e preparar de diversos pratos típicos do nosso país vizinho.

Ambos os filmes foram agradáveis de ver e tornaram a nossa tarde de sábado culturalmente mais estimulante.

Parabéns Avó!!!

A minha avó completou 80 anos no passado dia 31 de Outubro.

Aproveitando a feliz ocasião, eu e a Sara levamo-la a almoçar ao 31º Festival de Gastronomia de Santarém.

A viagem desde Lisboa é relativamente curta e chegámos lá num instante.
Tivemos tempo para ir conhecer um pouco de Santarém antes de irmos para o recinto onde se realizava a Feira (junto à Praça de Touros) e aproveitar o bom tempo que ainda se fazia sentir.
O centro histórico de Santarém é muito bonito apesar de estar a precisar de algum investimento na sua reabilitação. A cidade é conhecida como a Capital do Gótico uma vez que abundam as igrejas nesse estilo arquitectónico, e, situando-se numa espécie de planalto, tem uma vista lindíssima sobre o Tejo e toda a região envolvente.

Um dos destaques maiores da Cidade é, sem dúvida, o seu Castelo. Um óptimo aproveitamento do espaço transformou-o em jardim público, com zona de recreio para as crianças, com muitos bancos para namorar, com um bem situado restaurante e com uma vista fenomenal.

Depois de um bonito passeio para abrir o apetite fomos almoçar.
A entrada para o certame custou 2,5 €/pessoa e lá dentro pudemos encontrar restaurantes, espaços de artesanato e bancas de doces e  charcutaria de todas as zonas do país e da Galiza.

A oferta de restauração era bastante mas os preços, como infelizmente acontece nestas situações em Portugal, eram demasiado elevados para quem procura promover os seus produtos e cativar clientes.
Mesmo assim, estávamos decididos a provar alguns petiscos e a sair de lá com a barriga cheia.


Comemos uns petiscos no restaurante da Galiza, numa das charcutarias representantes da região do Minho e provámos alguns doces típicos da região de Santarém.
Para molhar a garganta, provámos umas ginginhas de Óbidos, com o famoso copinho de chocolate.

Ainda fizemos uma comprinhas na zona do artesanato, mas contidas pois os tempos não estão para gastos exagerados.
Findo o deguste, voltamos para casa com a sensação de um dia bem passado.

Parabéns avó! Para o ano há mais...

Mosteiro dos Jerónimos

Aproveitando o calor que se fez sentir no último Sábado de Outubro, decidimos ir passear para a zona de Belém e visitar uma das mais bonitas obras de arte de Portugal, o Mosteiro dos Jerónimos.
Já não íamos lá desde o século passado (1996 ou 1997, não tenho bem a certeza) e achámos que já tínhamos deixado passar tempo demais sem para lá ir passear.
Só a vista exterior do Mosteiro já vale a pena. É um edifício lindíssimo, no estilo manuelino (estilo português de gema, feito à custa de muito ouro e especiarias trazidas dos sete cantos do mundo), e que permite fotografias bem artísticas.

A visita ao Mosteiro começa na Igreja de Stª Maria de Belém, onde podemos encontrar os túmulos de Luís de Camões e de Vasco da Gama. A Igreja merece uma pausada visita pois é um local onde se sente a paz e a serenidade e onde podemos observar vitrais lindíssimos que fazem forte alusão ao espírito português.
 A partir daí já temos que pagar para ver mais. A entrada fica em 7 € por pessoa, que não sendo um valor baixo é importante para ajudar na conservação do edifício e das suas obras de arte.


O espaço a visitar não é muito extenso mas é muito bonito e alberga algumas exposições que nos fazem recordar o que aprendemos nos tempos de escola sobre a história de Portugal.

Aproveitámos para visitar o túmulo de Alexandre Herculano e ver os "retratos" dos nossos ilustres Reis.
Aconselhamos uma visita pois o local é lindíssimo, não ficando a dever nada aos inúmeros monumentos espalhados por essa Europa fora.


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Corrida do Tejo 2011

Pois é, feitos malucos, eu e a Sara fomos correr os 10 Km da Corrida do Tejo neste último Domingo.


Feitos malucos principalmente porque nunca na nossa vida tinhamos corrido tal distância e porque a nossa preparação para a mesma consistiu em passar bastantes horas deitados no sofá a evitar lesões de última hora e estiramentos provocados por esforços desnecessários, tais como andar ou correr.

E podemos afirmar que correu bem melhor do que estávamos à espera.

Definimos dois objectivos para esta prova:
1º - Acabar a corrida;
2º - Ficar nos 8.000 primeiros (em pouco mais de 10.000 participantes)

Não eram objectivos muito ambiciosos mas o realismo tem que fazer parte do dia-a-dia. E foram cumpridos na integra!!!

Tenho que reconhecer que a Sara teve um comportamento brilhante, tendo corrido mais de 8 km e somente caminhado nas subidas mais complicadas. E o brilhantismo é ainda maior se tivermos em conta que ela nunca tinha corrido mais do que 3,5 km seguidos e o máximo que tinhamos andado/corrido, na prática de exercício físico, tinham sido 7 km.

Voltando à prova em si, podemos afirmar que foi uma experiencia enriquecedora. O percurso junto à marginal, entre Algés e a Praia da Torre, em Oeiras, é lindissimo e só por isso vale a pena percorrê-lo.

O facto de estarmos a correr no meio de uma imensa multidão também ajuda a ter mais força de vontade e a aguentarmos para além do que seria normal se estivessemos só os dois.

Queriamos também realçar a presença de outros companheiros de corrida que, apesar de facilmente terem ficado para a frente, nos apoiaram no tempo de espera que tivemos que suportar entre a nossa chegada ao local da partida (às 8h40m) e a hora da partida (10h00m): ao Ricardo, ao Rui e ao Virgilio um grande abraço! 

Mas o mais bonito da corrida foi termos começa e acabado da mesma maneira: lado a lado e sempre a apoiarmo-nos mutuamente.

O tempo que demorámos a fazer os 10 quilómetros não sendo nem o mais importante nem de deslumbrar, fica como sendo o nosso primeiro registo oficial: 1h.15m.20s.

O que fica garantido é que, na próxima corrida que venhamos a fazer, este será o tempo a bater :).

PS - Oficialmente, e apesar de termos atravessado a meta de mão dada e lado-a-lado, a Sara ficou à minha frente na classificação geral.

Pedido de desculpa por tão prolongada ausência

Amigos e visitantes,

Foi longa a ausência de acção deste nosso bolgue, pela qual apresentamos as nossas desculpas.

Muitas foram as razões que nos impediram de partilhar convosco as nossas aventuras e desventuras mas estamos novamente "vivos" e tentaremos não voltar a "desligar" a tomada da corrente de forma tão abrupta e prolongada.

Voltaremos a partilhar as nossas viagens, ideias ou simples desabafos com toda a força possível.

Mas se esta ausência serviu para algo, foi para nos fazer sentir a importância de poder partilhar com os outros as nossas experiências e vivências.

Espero que nos perdoem este abandono e continuem a acompanhar-nos e a partilhar connosco as vossas opiniões e ideias.

Até já!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

TaViRa

Este ano dividimos as nossas férias de Verão pelo Algarve e pelo Alentejo.
Há muitos anos que não íamos passar as nossas férias de praia ao Algarve mas como tivemos um convite irresistível para o fazer, não pudemos dizer que não.
E não nos arrependemos!
Estamos habituados a passar as férias só os dois e temos que confessar que, na generalidade das vezes, é assim que gostamos de fazer férias. Este ano decidimos mudar os nossos hábitos e juntar-mo-nos a um trio bem disposto e que valorizou em muito os 9 dias que passámos na região mais a sul de Portugal Continental.

Fomos para Tavira, ficando em casa de um outro amigo, e fazendo dessa cidade a base de partida para as nossas aventuras.

Como qualquer outro período de férias de praia que se preze, neste fizemos pouco mais do que dormir, comer e apanhar banhos de sol e de água salgada. E é disso que iremos falar nesta nossa crónica.

Praias

Foram diversas as praias a que fomos, todas com bastante qualidade e todas com as suas particularidades:

Manta Rota
Acessos - Acessível de carro, ficando a uns 10 minutos de Tavira.
Estacionamento - Tem Parque gratuito e Parque pago (não é muito caro para um parque que fica encostadinho à praia)
Praia - Extenso areal, o que permite que as pessoas não fiquem em cima umas das outras. A água, para nosso azar, estava frescota mas o mar é calminho.
Bolinhas - As bolas de Berlim custam 1 €, e há dezenas de vendedores por todo o lado.
Chega ao ponto de querermos iniciar uma conversa com alguém e a primeira palavra que nos sai da boca é: bolinhas!

Monte Gordo
Acessos - Acessível de carro, ficando a uns 20 minutos de Tavira.
Estacionamento - Estacionámos em frente à praia sem que nos fosse cobrado nada.
Praia - Praia com qualidade, bom areal e água translúcida. Mais uma vez pecou pelo facto de a água estar fria.
Bolinhas - Infelizmente não comemos as famosas bolas de Berlim, mas imagino que custassem o mesmo que as de Manta Rota.

Praia da Fábrica - Cacela Velha
Acessos - De carro até Cacela Velha (fica junto à praia de Manta Rota) e depois ou se vai a pé - Maré Vazia, ou de barco - Maré Cheia. A viagem de barco é curtíssima mas custa 0,80 €.
Estacionamento - Não há muitos sítios de estacionamento junto ao local onde se atravessa a Ria Formosa, mas tal é remediado estacionando ao longo da estrada que nos leva até lá. Recomendamos que procurem 1º lugar mais perto pois nunca se sabe quando se tem sorte. Nós tivemos sempre :).
Praia - Praia muito boa e já apanhámos a água mais quentinha. Pouca gente, o que permite descanso quase garantido. Quando a maré está vazia, anda-se um pouco para conseguir molhar os calções sem termos que nos sentar no chão mas isso é o normal em quase todas as praias do Algarve.
Em algumas alturas quase que posso jurar ter visto Marroquinos a vender flores à porta de suas casas...
Bolinhas - As bolas são um pouco mais caras para compensar o que as Senhoras (sim, aqui só vimos duas senhoras a vender) têm que andar desde a Manta Rota (mais de 15 minutos). Preço: 1,20 €
Observação: Foi nesta praia que me consagrei o grande campeão de raquetes de praia ao derrotar na final a  única, mas prestigiada, adversária que teve a coragem para me desafiar (Para ti, minha pequenina, um grande beijinho e muitos, muitos beliscões).
Foi um jogo renhido mas, no fim, venceu o melhor: EU!!!
E posso afirmar que não foi fácil, uma vez que a minha oponente tinha menos 20 anos e 40 quilos que eu.

Ilha de Tavira
Acessos - De carro até um dos cais de embarque. Um fica no centro da cidade outro mais afastado.
Nós só utilizámos o que fica mais afastado do centro da cidade pois a viagem de barco é mais curta e, de certeza, mais barata. Mesmo assim pagámos 1,40 € cada viagem.
Estacionamento - há alguns parques de estacionamento junto ao local onde se atravessa a Ria Formosa e, à falta de melhor, mais uma vez pode-se utilizar as bermas da estrada de acesso.
Praia - Praia muito boa. Apesar do acesso ser mais restrito (pagar para ir à praia não é do agrado de todos), tem muita gente. Tal também se explica pelo facto de haver um parque de campismo na Ilha e muita oferta de restauração.
Bolinhas - As bolas, mais uma vez, são mais caras: 1,20 €. Imagino que seja para pagar as viagens de barco.

Praia do Barril - Pedras d'el Rei
Acessos - De carro até ao comboio, que fica depois de Stª Luzia, bem junto ao empreendimento de Pedras D'el Rei.
Depois ou se anda 1,2 km ou se apanha um pequeno comboio que nos deixa à "porta" da praia. A viagem custa 1,2 € para cada lado.
Estacionamento - tem que se estacionar na berma da estrada.
Praia - Praia muito boa. Estreita, com poucas pessoas e calminha.

Bolinhas - Mais uma vez, como não comemos bolinhas, não tenho sequer ideia se anda lá alguém a vendê-las.

Praia da Coelha
Acessos - Esta praia fica perto de Albufeira, logo, bem longe de todas as outras de que falamos aqui neste post. Para lá chegar só mesmo de carro e depois anda-se uns 5 minutitos.
Estacionamento - Existe um parque de estacionamento gratuito perto da praia.
Praia - Muito bonita. Pequena, no meio das rochas, o que transmite uma sensação acolhedora e de privacidade. O lado menos positivo é quando a maré começa a subir e metade da praia fica submersa...
Bolinhas - Não há ninguém a vender este doce dos Deuses.

Ilha da Armona
Acessos - Para se chegar a esta praia temos, obrigatoriamente, que apanhar um barco, ou em Olhão ou em Faro. A viagem desde Olhão custa 3,20 € (cada viagem, por isso têm que multiplicar por 2).
Depois de sairmos do barco ainda tivemos uma caminhada de, pelo menos, 20 minutos até chegarmos à praia.
Estacionamento - deixámos o carro relativamente perto do cais, em Olhão, num sítio onde não se paga. Atenção que se deixarem o carro mesmo junto ao cais de embarque, o estacionamento é a pagar.
Praia - Sem dúvida, uma praia lindíssima. Um extenso areal, água límpida, poucas pessoas. Se forem daquelas pessoas que não se importam de ficar o dia inteiro na praia (que não é o nosso caso) talvez a qualidade da praia compense o que se paga e anda para lá chegar.
Bolinhas - Só comem as Bolas de Berlim que trouxerem pois nem o mais maluco dos vendedores se atreve a ir lá vender.


Restauração

Podemos, de barriga bem cheia, afirmar que se come muito bem em Tavira.
Experimentámos diversos tipos de restaurante, desde os mais famosos a outros que nem sequer aparecem no mapa turístico.Vamos tentar ajudar os mais famintos a tomar as suas decisões alimentares.

Restaurante "Bairrada"
Especialidade - Penso que pelo nome é fácil adivinhar o que de melhor se come por lá: Leitão!
Qualidade - O Leitão é bom, muito bom até. Bem servido e o atendimento é personalizado, simpático e com bom humor.
Preço - Como em quase todos os restaurantes de Leitão, a conta foi altita. É um sítio porreiro para quem se farte do peixe e queira matar saudades da carninha.
Localização -  Fica a uns 2 kms de Tavira, na estrada nacional, direcção Monte Gordo.
Conselhos - Atenção à mosquitagem. Saí de lá todo picadinho e ficaram a dever-me quase um litro de sangue...

Restaurante "Três Palmeiras"
Especialidade - Peixe! E quem quiser comer carne é melhor escolher outro sítio.
Qualidade - Peixe muito bom, e o serviço de igual qualidade. Funciona em sistema de rodízio, só temos que nos sentar e põem logo na mesa o pão e a salada. Passados poucos minutos, começa a vir o peixinho. No dia em que lá fomos havia sardinhas, robalos, red fish e outro peixe do qual não me consigo lembrar o nome.
Preço - Paga-se 7,5 € pelo peixe à discrição. Tudo o resto é a somar ao valor inicial.
Localização -  Em Tavira, entre o Continente e o campo de futebol.
Conselhos - Chegar cedo, seja ao almoço ou ao jantar pois o restaurante está sempre cheio. Quando há qualidade é assim...

Petisqueira Belmar
Especialidade - Penso que não tem nenhum prato especial, sendo que os diversos pratos que devorámos eram todos muito saborosos (carne e peixe).
Qualidade - Como já mencionado em cima, a comida é de qualidade elevada e o serviço é bastante competente, sendo que quem nos serve o faz com muita atenção e cortesia.
Preço - Os preços médios andam entre os 6 € (prato do dia) e os 8 €.
Localização -  No centro de Tavira, pertinho da ponte romana (do lado oposto à Câmara Municipal).
Conselhos - Como o restaurante não é muito grande, é aconselhável ir jantar bastante cedo ou bastante tarde, às horas a que o pessoal normalmente não o faz.

Casa da Bica
Especialidade - O peixe é o que mais se come, mas também há chinchinha de qualidade.
Qualidade - Comida saborosa e atendimento competente. No entanto, preparem-se para esperar uns largos minutos para começar a comer.
Preço - Os preços médios andam entre os 8 € (prato do dia) e os 10 €.
Localização -  No centro de Tavira, pertinho da ponte romana (do lado oposto à Câmara Municipal). Ao lado da Petisqueira Belmar.
Conselhos - Nenhum em especial, mas não é uma primeira opção.

Ginásio Clube de Tavira
Especialidade - Depende do prato do dia. Há sempre dois à escolha: um de carne e outro de peixe.
Qualidade - Comida caseira, feita a pensar no normal cidadão trabalhador e não no turista que vem a Tavira uma vez por ano.
Preço - O preço do prato é 4 € :). A caneca de cerveja sai bem fresquinha e saborosa. Onde se fazem as refeições mais baratas em toda a Tavira.
Localização -  No centro de Tavira, junto à Câmara Municipal, em frente ao jardim. Quase não se dá pela sua existência: tem que se subir ao 1º andar, virar à esquerda e entrar numa sala com uma mão cheia de mesas.
Conselhos - Só servem almoços e somente durante a semana. Vale a pena ir lá pois a relação qualidade/preço é a melhor da cidade.

Alcatruz
Especialidade - Peixe, a exemplo de todos os restaurante de Santa Luzia.
Qualidade - Excelente qualidade. E fomos atendidos por uma senhora cubana que era muito simpática.
Preço - Na casa dos 8/10 € por prato.
Localização -  Em Santa Luzia, sendo a entrada na rua paralela à marginal. É o melhor que consigo dizer pois não tenho a mínima noção da localização exacta do restaurante.

Conselhos - Vale a pena experimentar, se o conseguirem encontrar. Não sendo daqueles restaurantes que ficam virados para a Ria, imagino que a refeição seja mais económica.

Fomos comer a outros sítios mas a memória não me permite mencioná-los neste já longo post.

Nestas férias aproveitámos para fazer uma visita ao Slide & Splash, um ícone dos parques aquáticos do Algarve.
Foi bom voltar lá mais de 10 anos depois da nossa última visita, numa altura em que eu e a Sara estávamos no início do nosso namoro.
O dia passou a correr. Foram 8 horas sempre a subir, deslizar, correr, saltar, molhar, ..., só parámos mesmo para almoçar. Foi um dia diferente e muito divertido mas, confesso que os escorregas já me pareceram bem mais "assustadores".
Para acabar esse dia em beleza, fomos ver o Harry Potter a 3 Dimensões ao cinema (nem assim o actor principal mostrou competência para o papel) e comemos as obrigatórias pipocas, bem cheias de açúcar.

Ainda tivemos oportunidade, nestas férias, de assistir a uma actuação do Rancho Folclórico da Luz de Tavira e a um concerto de um grupo italiano (Municipale Balcanica) que pôs toda a gente a dançar durante mais de uma hora.

Como podem ver, foram umas férias cheias de passeios, muita praia, muita comida boa, em que deu para fazer um pouco de tudo: ler, jogar, correr (aí a Sara foi a mais dinâmica, obrigando a família toda a mexer-se), a mergulhar, dormir a sesta (zzzzzzzzzz) e, mais importante que tudo, a conviver e a pôr a conversa em dia.

Quer eu, quer a Sara gostámos muito das férias.

domingo, 14 de agosto de 2011

Os portugueses na praia...

Quem está a escrever é a Sara e já sei que não devia estar a usar o login do Nuno mas sou muito preguiçosa...
Também sei que o que vou dizer pode ser contestado por alguns mas é a minha opinião...

Os portugueses na praia são um show digno de se ver! É qualquer coisa surreal! A falta de civismo e de noção do espaço é gritante!
O português típico (não todos, felizmente) chega à praia e escolhe exactamente o sítio onde já está imensa gente...não contente com isso, fala altíssimo, berra com os filhos e diz umas asneiras...(não tenho nada contra as asneiras, não gosto é de ser obrigada a ouvi-las sair da boca de um bossal qualquer)
Mas a telenovela não acaba aqui...o português gosta de jogar raquetes e futebol! Até aí tudo bem, o desporto faz bem à saúde! O que já não se entende é que queira jogar ao pé do sítio onde tem as toalhas...ou seja...em cima dos vizinhos!
Mas o que mais me faz rir (para não chorar) é a relação do português com o chuveiro da praia!
1ª pergunta: será que a crise já está assim tão avançada que o português precisa de tomar banho na praia para não gastar água em casa????
2ª pergunta: algumas pessoas não têm vergonha de até usar champô no chuveiro da praia???
3ª pergunta: será que hoje em dia ninguém diz às criancinhas que é natural levar alguma areia para casa???
Para quem ler isto e não se identificar com este tipo de comportamento acho que o melhor é rir-se do ridículo da situação. Para quem ler isto e vir que faz este tipo de coisas...por favor, ganhe vergonha na cara!
Eu cheguei a ver uma mulher que tomou o banho do dia no chuveiro da praia e depois até se deu ao luxo de passar creme hidratante!!! Que cena tão triste!!! A água ainda não está assim tão cara!!!
E as criancinhas??? É uma vergonha! A água potável é cada vez mais um bem escasso no nosso planeta...pois os putos são capazes de estar 10 minutos seguidos a tirar a areia debaixo do chuveiro! E o mesmo puto vai lá umas 40 vezes por dia! Os pais não lhes ensinam nada? Não lhes dizem que, se eles continuarem a gastar água desta maneira, os netos deles não terão água nem para as necessidades mais básicas??? Provavelmente em casa, estes mesmos putos até fogem quando os pais os chamam para o banho, o que ainda torna a situação mais ridícula.
No meio de tudo isto é importante dizer que ir ao chuveiro é uma aventura: entre as "senhoras" que fazem lá sua toilette e os putos idiotas que passam mais tempo ali do que no mar...ir tomar um duche rápido é uma missão quase impossível!
Provavelmente os outros povos também se comportam assim...mas com o mal dos outros posso eu bem! Os portugueses é que me incomodam porque eu vivo no meio deles; e, apesar de ser portuguesa, não me comporto desta maneira vergonhosa!
Escusado será dizer que deitar champô directamente para a areia da praia não deve ser muito correcto em termos ambientais.
Ah! Quase me esquecia dos cinzeiros da praia! São usados para tudo menos para pôr as beatas (sim, essas continuam a aparecer às centenas na areia da praia). São brinquedos para as crianças usarem no chuveiro, são usados para construir castelos de areia, etc
Resumindo e concluindo, os portugueses ainda têm muito para aprender sobre a melhor maneira de estar na praia...aliás sobre a maneira de estar em qualquer espaço, público ou privado...
É só um desabafo...


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O dia mais importante do ano

Hoje é o dia mais importante do ano!

Coincidência ou não, em todos os anos que passam, este é sempre o dia mais importante.
E porquê?
Porque o grande amor da minha vida faz aninhos.
Muitos parabéns à mulher mais linda do mundo.

domingo, 7 de agosto de 2011

Felicidade

Estava agora mesmo a falar com uma muito querida amiga e, no meio de muita conversa, surgiu o tema da felicidade e o que é ser feliz.
Ao tentar explicar o que para mim é ser feliz, saiu uma frase que essa minha querida amiga me aconselhou a partilhar com o mundo:

"Felicidade é ter vontade de acordar todos os dias para vivermos a vida que temos".

Esta é a minha visão das coisas. Cada um tem a sua e todas são boas e adequadas.

Obrigado por me "ouvirem" e ajudarem a ser feliz...

domingo, 31 de julho de 2011

O Regresso ao Trabalho

Caros amigos,

As férias acabaram!
Gozamos hoje o último dia antes do inevitável regresso ao trabalho e não lhe chamo o último dia de férias porque já estamos em casa e, assim sendo, parece um Domingo normal.
Foram duas semanas de boa praia, saborosa comida, bonitos passeios e algum descanso.
A companhia também foi muito boa e as pessoas, por esse Portugal fora, foram muito simpáticas na forma como nos receberam e trataram.
Iremos muito em breve partilhar convosco as nossas aventuras e tentar apresentar boas ideias para que todos possam experimentar momentos em tudo idênticos àqueles que vivemos nestes dias.

Até já!

domingo, 17 de julho de 2011

Férias ... a melhor invenção do Homem moderno

Caros amigos,
Está mais do que provado que as férias foram a melhor invenção do Século XX.

Começámos hoje oficialmente duas semanas de férias e já estamos a sentir os efeitos rejuvenescedores de saber que temos "ordens" para fazer aquilo que nos apetece e dá na real gana.

Estamos de férias com a família em Tavira e já tivemos a oportunidade de visitar duas praias, dois bons restaurantes e de dormir uma bela sesta nos entretantos.

E isto foi só no primeiro dia! Estou ansioso pelos próximos dias ...

PS - Estava a procurar uma música que expressasse aquilo que estou a sentir com o máximo de alegria possível e deparei-me com uma das minhas músicas preferidas de sempre.

Não é das mais alegres de sempre mas é das mais bonitas.

Espero que gostem...

domingo, 10 de julho de 2011

A RAIVA que advém do excesso de trabalho

Escrevo estas linhas em jeito de desabafo.
Já não basta darmos ao canastro a semana toda, trabalhando quase até cair para o lado e ainda temos que trazer trabalho para casa.
Um Domingo tão solarengo e nós fechados em casa. 
Passei a tarde toda a tentar adiantar trabalho para que na próxima semana não me sinta tão pressionado.
A Sara, por seu lado, também não ficou parada. Já que não saímos para lado nenhum, não tem parado aqui em casa a limpar, arrumar e passar a ferro.
Podemos os dois afirmar em uníssono que nada de pior há que desperdiçar um bonito dia de verão, não poder ir à praia ou, pelo menos, apanhar um solzinho no rosto.
Era só para desabafar e partilhar com todos os outros que vivem situação idêntica este momento de frustração.


Vou andando que vai começar o Benfica...

sábado, 9 de julho de 2011

Pamplona

A Sara insistiu para que fossemos a Pamplona. E não nos arrependemos.
Pamplona é claramente marcada pelo "Encierro" e por "Hemingway", girando grande parte do seu turismo à volta desses dois "eventos".
Ainda chovia quando lá chegámos, vindos de Vitoria. Aquela chuva miudinha persistia, continuando a dificultar a descoberta dos melhores lugares da cidade.


Estacionámos junto ao "Casco Histórico" e debaixo de um pequeno chapéu de chuva fomos deambulando pelas suas bonitas ruas. Procurámos o Posto de Turismo (que apesar das inúmeras placas de indicação era difícil de encontrar) para obter um mapa da cidade e começamos a fazer o caminho inverso efectuado pelos desgraçados touros e vacas que, durante alguns dias do ano, são obrigados a dar cornadas nos muitos dos idiotas que se atravessam à sua frente.
O caminho não é muito extenso mas permite-nos calcorrear pela zona mais antiga e fascinante da cidade.
A nós permitiu, para muito agrado da Sara, parar num pequeno café logo à entrada da Estafeta, uma calle perto da Plaza de Toros, que tinha uns Pinchos que a Sara adorou e devorou.
O percurso do Encierro vai-se embrenhando pelas ruas, passando pela Calle Mercaderes, pela Plaza Consistorial, descendo a Santo Domingo e acabando nos Corralillos.


Para além deste caminho com muita história, recomendamos um passeio sem grandes pressas pelas restantes ruas do casco antigo, destancando-se os seguintes lugares/monumentos em Pamplona:

- Plaza del Castillo;

 







- Paseo de Ronda (que acompanha as Muralhas da Cidade);


- Ciudadela (que, infelizmente, não fomos visitar por estar a chover);
- Parque de la Taconera;
- Catedral de Santa María la Real;

- Palacio Real;
- Monumento al Encierro;


Curiosidades:
- Para quem estiver muito aflito, na autoestrada de ligação entre Vitoria e Pamplona, já quase à entrada desta última, têm uma estação de serviço onde podem mandar um Fax (anunciado por placa com grande destaque na berma da Autoestrada);
- Hemingway, aparentemente, adorava Pamplona, indo lá com enorme frequência. Até lhe dedicou um livro "Fiesta". Para aqueles que são fãs é sempre interessante sentar-se ou dormir nos mesmos locais onde esse grande escritor o fez há mais de 60 anos;
- O Caminho de Santiago também aparece com algum destaque, havendo indicações por todo o centro histórico da direcção a seguir;
- Como já falei dos Pinchos não vale a pena estar novamente a recomendar que os provem. PROVEM OS PINCHOS (insiste a Sara);
- Os Corralillos, fora da época do Encierro, funcionam como um apertado parque de estacionamento. Dessa forma, durante todo o ano há sempre animais lá estacionados; 


- Já a caminho de Donostia outra curiosidade na Autoestrada: uma paragem de autocarro! Assim, se o vosso carro se avariar, nunca ficam apeados...

De tudo o que vimos, ficámos com pena de não ter mais tempo para continuar nesta cidade mas prometemos lá voltar. Talvez até durante o Encierro, para assistir à vingança dos touros :)

Próxima paragem: San Sebastian!!!

domingo, 3 de julho de 2011

Laura, uma flor para plantares no teu jardim

Minha querida,

Tal como prometi no teu blogue, junto aqui uma música que considero fantástica, quer pela interprete que tem uma voz "deliciosa", quer pela letra, que me faz sonhar com a inesquecível viagem que farei a Nova Iorque.

Espero que gostes.

Vitoria-Gasteiz

Vitoria-Gasteiz é a capital do País Basco, apesar de não ser a mais famosa das suas cidades.
Em Vitoria aconteceu algo que muito raramente nos acontece quando estamos a dar uma de turistas: choveu praticamente o tempo todo.

Mas, corajosos e determinados como somos, não nos deixámos abater, tratámos de arranjar rapidamente um hotel e pusemo-nos a caminho.
Ficámos no Hotel Almoneda, que fica junto ao Parque de la Florida, bem perto do centro da cidade. O quarto era simpático e dormiu-se bem. Mais uma vez pagámos 65 €, com o pequeno-almoço incluído. Os funcionários do Hotel eram simpáticos e, melhor que tudo, emprestaram-nos dois chapéus-de-chuva para o nosso passeio.


Como é fácil de adivinhar, o facto de ter estado a chover não nos permitiu conhecer a cidade como desejávamos e isso faz com que não possamos transmitir uma imagem completa da mesma.
Vitoria tem um centro histórico relativamente amplo, com muitas subidas e descidas, e moderadamente recheada de monumentos.
Mas aquilo que mais gostámos foi o "Muralismo Publico". Encontram-se em diversas zonas da cidade paredes inteiras de prédios completamente pintadas, de forma organizada, com imagens lindíssimas.




 Junto aos desenhos há escritos em diversas línguas, inclusive no dialecto falado por Luís Vaz de Camões.



Outro ponto positivo nesta cidade é existirem diversas escadas-rolantes que nos permitem alcançar as zonas altas sem grande esforço.

Na cidade destacamos os seguintes lugares/monumentos a visitar:
- Parlamento Vasco (junto ao parque de la Florida);
- Catedral de María Inmaculada;
- Plaza de España;
- Catedral Sta María;
- Torre de Doña Otxandra;
- ...

Outro azar que tivemos, para além da chuva, foi o facto de estarem a decorrer inúmeras  obras de melhoramento por toda a zona histórica. Isso dificultou o acesso a determinados monumentos e a fotografias artísticas, como estas que se seguem:
Monumento
Foto Artística
Algumas dicas que podem ser uteis:

- No Centro da cidade o estacionamento é pago e há limite para o tempo que se pode ter o carro estacionado no mesmo sítio (mesmo pagando). Nós estacionámos o nosso carro junto ao Monasterio de Las Salesas, numa rua em que não se paga parquímetro e que fica pertinho do centro (na Calle de los Corazonistas).
- Pintxos (ou Pinchos em Castelhano): pequenas porções de comida, que misturam um conjunto de sabores muito agradáveis e que alimentam qb. A Sara adorou os pintxos e quase se recusou a comer outra coisa que não isso enquanto estivemos no País Basco.
Todo o café e restaurante tem alguma variedade de pintxos e o preço nem é muito alto (para Espanha, claro).

Com bom tempo Vitoria-Gasteiz deve, sem dúvida, ser uma bela cidade para passear, pelo que lhe daremos nova oportunidade quando por lá perto passarmos.

Próximo destino: Pamplona!

Um dos piores momentos da nossa vida!

Ontem, dia 2 de Julho de 2011, a Sara e eu vivemos um dos priores momentos da nossa vida.
Íamos na A5, na direcção de Lisboa, logo após a saída de Linda-a-Velha, quando vimos uma pessoa junto ao separador central da Autoestrada. Logo reparámos que a pessoa se preparava para atravessar as 3 faixas de rodagem, numa louca tentativa de ser mais veloz que os carros que se deslocam perpendicularmente ao seu percurso e que circulavam a mais de 100 km/hora.
Tudo isto se passou numa fracção de segundos mas está marcado na nossa memória há longas horas, ameaçando tão cedo não desaparecer.
O "Louco" arrancou em corrida, passou pela faixa da esquerda (a 3ª da via de rodagem) e nem hesitou, continuou a sua corrida, sem sequer olhar para cima para ver se algum carro se estaria a aproximar.
E o que era previsível aconteceu: um carro que circulava na faixa do meio nem deve ter reparado que o homem por ali corria e acertou no desgraçado. 
Nós só o vimos a voar pelos ares. Parecia que estávamos a ver uma cena de um filme...de terror.
A Sara começou a chorar convulsivamente e eu fiquei em choque, somente conseguindo manter-me concentrado em ficar na minha faixa de rodagem para não aumentar ainda mais a desgraça que tinha acabado de acontecer.
Ainda olhei pelo espelho retrovisor para ver o que estava a acontecer mas nada mais vi do que os carros parados.
Ficámos sem saber se o homem, após a queda no chão, tinha sido abalroado por outro carro que circulava noutra faixa, se está vivo ou morto, se as lesões foram muito ou pouco graves. A única coisa que ficou foi aquela imagem chocante do homem a voar pelos ares, a rodar sobre si próprio, do espelho retrovisor do carro a partir-se, do homem a correr e a desgraçar a sua vida.
Só não ligámos para o 112 porque já estava uma ambulância de transporte de doentes parada na berma.
Ontem estivemos a ver os noticiários da televisão na expectativa de ver alguma notícia e nada. Estivemos na net à procura de notícias e nada. 
Parece que tudo não passou de um pesadelo que tivemos, tal a ausência de informação por algo tão grave que se passou. E quem nos dera que tivesse sido, para bem do desgraçado que foi atropelado e do desgraçado que o atropelou, pois imagino o que não estará agora a sofrer por ter atropelado um outro ser humano e por, possivelmente, ter ceifado ou desgraçado a vida a outrem.
Vamos continuar à procura de notícias pois o nosso espírito precisa de saber o que aconteceu. Temos a ilusão ou a fé de que o homem tenha sobrevivido com apenas uma perna partida e com um susto para toda a vida.
Mesmo não sendo uma pessoa de grandes crenças religiosas (pelo contrário), peço a Deus que ajude todos aqueles que se envolveram nesta desgraça e os ajude a não sentirem dor e a encontrar paz de espírito. E em caso do pior cenário ser real (a morte ou a vida com lesões gravíssimas), que Deus ajude os que cá ficam a ultrapassar a enorme dor que é viver com esta desgraça nos corações.
E que o tempo nos ajude, a mim e à Sara, a apagar depressa esta terrível imagem dos nossos cérebros, para conseguirmos dormir melhor à noite e viver melhor de dia.

O regresso aos textos

E voltámos!
Após vários dias de ausência em que privámos os nossos muitos seguidores das nossas animadas aventuras, voltamos em força e na esperança de vos alegrar com os nossos escritos.
Aproveito para me desculpar pela prolongada ausência mas o trabalho e os afazeres e desventuras do dia-a-dia nem sempre me deixam disposição para escrever.
Todos vocês sabem o que custa chegar ao fim de um dia em que temos que estar constantemente alertas e  nem sempre fazer aquilo que mais gostamos e ainda ter força anímica para tentar contar histórias e partilhar bons momentos.
Mas aqui estou. Vamos retomar a narração das férias de Junho e, se tudo correr bem, começar a falar das muitas viagens efectuadas antes da criação deste Blogue.
Paralelamente, contaremos histórias do dia-a-dia, coisas felizes e momentos marcantes (e nem sempre pela positiva) que nos vão acontecendo.
E para vos ir entretendo, deixo-vos uma música, em duas versões, que espero que gostem.
Até já!


quinta-feira, 23 de junho de 2011

E a música continua.


Já que estamos numa de música, atrevo-me a juntar uma das que mais que encantou nos últimos tempos e que, por incrível que pareça se chama "O Areias".

Pertence a um jovem grupo de cantores açorianos que resolveu trazer à vida as nossas canções da infância e dar-lhes um ritmo moderno e internacional.

Coloco-a aqui no blogue principalmente para poder ouvi-la sempre que me apetecer, independentemente de ter acesso ao youtube (o que nem sempre acontece).

Este artigo dedico-a a mim e ao grande amor da minha vida, a Sara.

Os Homens da Luta também cantam Deolinda.

Estava eu a ouvir no Youtube a música que ainda agora coloquei num artigo e logo me deparei com uma pequena versão da mesma, ligeiramente alterada pelos Homens da Luta.

A voz é menos doce mas a mensagem também é muito actual.

Aqui têm...


Espero que gostem.....................................................................................................

Música dos Deolinda

A pedido de muitos fãs deste blogue que se queixaram da qualidade da música dos Deolinda que coloquei num artigo anterior, vou pôr uma versão que penso esteja melhor.
Espero que gostem, e para facilitar a compreensão e profundidade da mensagem, deixo também a letra da mesma:


"Parva que sou" - Deolinda
Música e letra: Pedro da Silva Martins

Sou da geração sem-remuneração
e nem me incomoda esta condição...
Que parva que eu sou...

Porque isto está mau e vai continuar
já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou....

e fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo
é preciso estudar...

Sou da geração casinha-dos-pais
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou...

Filhos, marido, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou...

e fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo
é preciso estudar...

Sou da geração vou-queixar-me-pra-quê?
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou...

Sou da geração eu-já-não-posso-mais-Que-esta-situação-dura-há-tempo-de-mais!
e parva eu não sou!!!

e fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo
é preciso estudar...

(letra enviada pelo autor)

Burgos

Burgos é uma cidade com muita qualidade de vida!
Aliás, toda a Espanha tem cidades com um andamento incrível. Nunca vimos um povo com tanta vontade de aproveitar as coisas boas da vida.
Há sempre festas, feiras gastronómicas, eventos, Tapas ou Pinchos.

Chegámos a Burgos no Domingo à noite e conseguimos, com relativa facilidade, encontrar um hotel para pernoitar. O Hotel chama-se "Hotel Centro" e fica, tal como o nome indica, pertinho do Centro Histórico.
O quarto tinha qualidade e, principalmente, não se ouvia um pio vindo dos quartos vizinhos. Quanto ao preço não é dos mais baratos mas mesmo assim é acessível (65 €/noite com pequeno-almoço incluído). Deu para descansar e recuperar da desgastante viagem que tínhamos feito (mais de 700 Km).
Fachada do Hotel Centro.
A cidade tem uma catedral lindíssima e a praça que a envolve é encantadora.



O Castelo também aparenta estar em muito bom estado, mas não o pudemos comprovar pois, com a nossa tradicional pontaria, fomos num dia em que estava fechado. Aliás, fomos numa altura do ano em que as portas só estão abertas (a pagar, claro) ao fim-de-semana. Somente entre Julho e Outubro se pode visitar diariamente o monumento.



Mesmo assim, passeámos à volta das muralhas, numa zona onde o verde impera, e cobre a quase totalidade das redondezas. E a vista é lindíssima...

Apesar dos altos e baixos que caracterizam o centro histórico, o ideal é deambular pelas suas ruas. Dessa forma, conseguimos aperceber-nos dos pormenores arquitectónicos que caracterizam a cidade, com um destaque especial para as suas varandas.


Ao mesmo tempo vamos conseguindo ver os principais monumentos que pululam a cada esquina.

Para aqueles que gostam de dar nomes ao que é melhor ver, destacamos o seguinte:
  • La Catredal (paga-se para ver tudo);
  • Castillo;
  • Murallas (existem em boas condições um pouco por toda a encosta da cidade);

  • Plaza Mayor;
  • Paseo del Espolón;
  • Arco de Sta Maria;
  • Iglesia de San Gil;
  • ...
Também aconselhamos um (longo) passeio junto às margens do rio Arlanzón que, apesar de estreito, está rodeado de zonas verdes que convidam a relaxantes caminhadas.

Curiosidades:
- Burgos é candidata a Capital da Cultura para 2016 o que faz com que ande sempre "vestida a rigor";
- O estacionamento é pago em quase toda a zona histórica e há limite máximo para se poder deixar ficar o carro no mesmo sítio (4 horas). Curiosamente, no sítio onde estacionámos, só se pagava a partir das 10 horas, o que permite dormir descansado, tomar o pequeno-almoço e só depois ir pagar o parquímetro e ir passear.
- Aparentemente Burgos fica no Caminho de Santiago, havendo inclusive albergues específicos para peregrinos. Chegámos a ver alguns desses corajosos aventureiros de mochila às costas a deambular pela cidade;
- Como em muitos outros locais em Espanha, as cegonhas encontram-se por todo o lado, dando um colorido magnifico e tornando ainda mais agradável a arte de fotografar.




Última curiosidade: há muitos bisbilhoteiros na cidade (ver foto ao lado) e eu sou mais famoso na cidade que o Eusébio e a Amália juntos. Têm dúvidas? Olhem para baixo...


Próxima paragem: Vitoria-Gasteiz.